10 de junho de 2008

Realidades

Pensei num texto inicial que reunisse algumas das idéias sobre o que penso sobre realidades paralelas.
Uma realidade paralela não precisa ser real, afinal, o que é real?
Pode ser uma verdade que não se comprovou nunca, pode ser uma possibilidade futura, pode ser o que você acabou de fazer ou ler. Pode ser ainda o que você gostaria que tivesse acontecido ou falado em certa situação, ou uma memória não tão clara de algo que realmente aconteceu com você.
Já aconteceu com você alguma vez de ter certeza de uma coisa, por exemplo, a localização de uma cidade, bairro ou rua e em outro momento esta cidade, rua, bairro estar em outro local? E você achou estranho, mas aceitou?
Já aconteceu alguma vez de ter certeza do nome de uma pessoa ou relação de parentesco entre dois conhecidos e de repente esta certeza não condizer com a realidade? Ou seja, você somente estava errado, mas tinha tanta certeza...
Já aconteceu alguma vez você conhecer a letra de uma música e determinado dia ouvindo a música, não ser exatamente a letra que você sabia de cor?
Se nada disso aconteceu com você ainda, mas em algum momento da sua vida, seja contemplando a cor do céu, ouvindo o som de um pássaro ou acreditando numa mentira que você mesmo contou, acredite: você pode ter experienciado uma realidade paralela!

A vontade de se viajar no tempo exprimiria a capacidade de se retornar não à realidade, mas sim as possibilidades de uma realidade que por uma milifração de segundo ter sido realmente real. E isso seria real?
A física quântica, dentro de todos os conceitos que a implicam, tenta explicar onde estão os elétrons quando eles não estão aqui. Se os elétrons são essenciais para a composição dos átomos e estes por sua vez, essenciais para a composição de qualquer matéria e até mesmo do ar, aonde eles vão? Aonde nós vamos quando não estamos aqui?

O que é realidade pra você? É o que está fazendo agora? É o presente? E as memórias, são reais? Todas elas? Sua leitura do início deste texto é uma memória. E ela é real? Este texto é real? Ele existe em algum lugar? Se você não imprimí-lo e não tocá-lo será real para você? Se você recomeçar a leitura agora, algo terá mudado? Terá certeza disso?

Ainda não tenho muitas das respostas às perguntas que lancei, mas de uma coisa estou começando a ter certeza, a de que realidades paralelas existem e são inúmeras para cada um de nós. Podemos chamá-las de passado, história, probabilidade, estatística ou iniciar uma experiência com “se”, qualquer uma dessas alternativas pode a qualquer instante não representar o que realmente existiu, existe ou existirá. Cada um de nós cria a melhor realidade em que quer viver e quanto mais próxima do real, mais distante da certeza do que é o real.

Este foi o primeiro texto, com alguns tópicos dos que vem pela frente, junte se a mim, vamos tentar entender o que realmente é real. Suas opiniões são bem vindas, compartilhe-as comigo, deixe sua impressão.

Um comentário:

Maria Joana disse...

Cara Realidade Paralela,

Seu texto é sem dúvida nenhuma muito instigante. As perguntas lançadas são muito relevantes. E o texto me fez pensar em muitas coisas, muitas realidades paralelas, a que sou submetida constantemente. Esta discussão sempre será muito bem vinda.
Pra mim, você é real. Tão real como as memórias, as impressões e as coisas palpáveis. A mente é real e o pensamento expoto em texto é real.
Gostaria de sua licença para permanecer nesta sua realidade paralela, e envolvê-la em minhas próprias.
Boa tarde.
MJ