27 de julho de 2008

Locais desta semana...

Quais os lugares que você esteve esta semana?
Vou escrever sobre alguns deles, os que eu recomendo uma visita....
Igreja de Santo Antônio na praça do Patriarca. Construída em 1592. Reedificada em 1717, 1747 e em 1899. É uma das mais antigas do centro de São Paulo. Lá foram celebrados vários casamentos importantes dos séculos XVI, XVII, XVIII, XIX e XX. Milhões ou bilhões de orações de moças e rapazes para Santo Antônio. Linda, pequenina, de nada lembra a estonteante Catedral da Sé. Com jeito de capela, somente duas fileiras de bancos voltados ao altar principal, cujos altares laterais são riquíssimos, com pinturas de pó de ouro em todos os detalhes, resplandece a riqueza da época em que era a Igreja onde a nata da sociedade se reunia. Hoje, com todos estes detalhes, trás na figura de Santo Antônio a humildade e uma sensação comum à maioria das Igrejas, paz, tranqüilidade, equilíbrio, igualdade, conforto, compaixão.
Ao entrar no Theatro Municipal de São Paulo fica impresso no rosto de cada visitante de primeira viagem, como nos mais experientes, como é expressivo o local. Imponente por fora e excepcionalmente belo por dentro. Requinte em todos os detalhes. Nos vitrais, na escadaria, nas esculturas, nas varandas. Que lugar carregado de história. Não só as que lá foram contadas, mas as histórias de quem por lá passaram. Histórias diferentes, histórias reais e irreais, tudo se mistura. O cartão postal da cidade faz jus ao seu reconhecimento. As obras de construção se iniciaram em 1903 e duraram cerca de 8 anos. Muitos espetáculos foram apresentados desde então, foi o palco principal da Semana de Arte Moderna de 1922. Na platéia, foyers, camarotes, lugar para 1580 espectadores. Muitas personalidades, entre reis, rainhas, presidentes, artistas, atores, músicos, bailarinas, famosos de várias épocas pisaram lá. E muitos apreciadores de artes também. Hoje em algumas situações o Teatro ainda quebra tabus e trás apresentações gratuitas. Era o teatro da alta sociedade e hoje também é o teatro para o povo, cuja beleza está lá para todos.
Andei, ou melhor, fiquei parada na primeira escada rolante de São Paulo ainda em funcionamento. Desde 1955 leva as pessoas do Anhangabaú ao viaduto do Chá, com comodidade. O lugar onde ela está, para não divergir da cidade, é enorme. Lindo.
Outros lugares, não pouco importantes, talvez menos impressionantes, como a Rua Direita, Viaduto do Chá, Largo do Paissandu, Igreja do Paissandu, Galeria Olido, Bar da Brahma... Esses foram alguns dos lugares que estive na quarta feira.
Quantas pessoas também estiveram lá na quarta e quantas já passaram por lá em todo esse tempo que São Paulo abriga milhões de pessoas.
Quantas vidas, histórias, sentimentos, pensamentos esses lugares efemeramente abrigaram.
Quantos olhares impressionaram.
Quantas histórias já passaram.
Quantas realidades testemunharam.

2 de julho de 2008

Mundo animal

Peço desculpas, inicialmente, pela minha ausência nessas semanas, mas a minha realidade atual tem me tomado todo o tempo real disponível para qualquer outra atividade. Não foi por falta de idéias, talvez eu seja uma péssima administradora de blog, ou melhor, de tempo.
Tempo, eis o conceito real de algo mensurável, porém abstrato e totalmente dependente de uma referência. Tempo, tempo, tempo... um assunto que renderá algumas postagens neste blog. Mas não hoje.
Hoje venho com novas concepções, pois foram novas coisas que aprendi neste tempo que fiquei ausente.
Aranhas que tecem teias e as usam como redes!!! Sim, aranhas, artrópodes conceituados por nós, humanos como seres desprovidos de inteligência. Mas lançar uma rede em um objeto que lhe servirá de alimento, não é inteligente? Não é o uso de um artigo, artefato, ferramenta? Como o observado em alguns primatas, e lógico cães domésticos!!! Mas a distância dos artrópodes aos cordados, aos carnívoros e ainda aos primatas é muito grande!!! E agora vem a parte mais interessante: ela mesma, a aranha, produz a matéria prima e confecciona a partir dela seu instrumento de caça. Mais incrível por ser um líquido armazenado em glândulas chamadas de fiandeiras que tomam a forma sólida em contato com o ar, podem ser de composições variadas, dependendo da utilidade a que se destine. Por ser algo que desconhecia até os meus 28 anos, achei bárbaro, porque provavelmente elas fazem isso desde muito antes de Cristóvão Colombo aportar na América no dia 12 de outubro de 1492. Isso que ele se perdeu, né? Achou que tinha dado a volta ao mundo, mas isso é uma outra realidade que não me cabe discutir.
Outra super novidade (pelo menos para mim) do mundo animal que me deixou também muito fascinada foi a capacidade de uma espécie de escorpião do deserto em ser congelado (no freezer – era a experiência do pesquisador) em um bloco de gelo e depois descongelado com o calor do sol. E pasmem, ele saiu andando!!!! Sim, eles tem a capacidade de se congelar e descongelar logicamente pela grande variação de temperatura diária de um deserto, mas ver isso, claro que pela TV, foi bizarro e para mim é a descrição de uma realidade paralela. Já ouviu falar em alguma criogenia de seres adultos que deu certo? Então, agora ouviu. É um fato limítrofe entre realidade paralela e ficção científica.
Agora eu pergunto: E o que você faz com o seu corpo? O ser humano tão evoluído com seu raciocínio nada rudimentar não passaria da primeira semana se alguém não o pegasse no colo, colocasse no peito e limpasse sua bunda. Se alguém não lhe ensinasse como fazer as coisas, conseguiria aprender tudo sozinho? De onde vem esses ensinamentos, esse instinto tão primoroso dos animais? E o que você faz com sua capacidade mental, o que você faz com seu conhecimento?

Água em marte

Eis que no dia 20 de junho, uma pequena manchete de uma de várias páginas de notícias da internet:
“Cientistas estão "certos" de que encontraram gelo em Marte”
Não entendi o certo entre aspas. Ou estão ou não estão.
Água. H2O. Água. É isso que o gelo é, certo? (Logicamente que em outro estado físico). Ou acharam ou não acharam. E se acharam? O que muda de verdade? Para começar, o gelo não esteve lá sempre? E não iria ficar lá se não achassem? Isso muda algo pra você?
Isso te leva a novas possibilidades?
E se a resposta é sim, o que seria? A confirmação de uma hipótese? A descoberta em si ou as inúmeras possibilidades que esta descoberta pode levar?
Aonde vamos, você pergunta, ou onde estamos?